Tá legal, existe uma historia, mas eu não a encontro em lugar algum em sua forma original... Logo, fiz minha versão!
Era uma vez uma cidade, como outra qualquer, onde as pessoas não ligavam umas para as outras, não ligavam para a beleza de suas ruas... era uma cidade cinza, suja, péssima...
Isso parecia não afetar seus moradores... nã havia nenhuma contribuição para a melhora da estranha cidade e comum cidade...
Lentamente foi-se percebendo a presença de ratos naquela cidade, primeiro eram poucos, alguns aqui e ali... Depois de um tempo era comum ter uma caminhada acompanhado por um dos bichinhos, daí algumas bocas começaram a reclamar...
Reclamaram ao prefeito da cidade.
-- Oras! Toda cidade tem seus ratos, o que eu posso fazer? É a lei da natureza, vocês suajm as ruas e o lixo atrai os ratos! Limpem e tudo se resolve!
Insatisfeitos e contrariados os moradores voltaram a suas residências.
Como assim não poderia fazer nada?
Mas deixe estar, as ruas ficariam tão sujas que o prefeito iria passar mal, teria que tomar alguma providencia, onde já se viu, deixar nas mãos dos prorpios indefesos civis!
E assim foi...
Ninguem limpou as ruas, ninguem recolheu o lixo, ninguem tomou providência alguma...
As ruas perciam lixões, as pessoas tinham de andar tapando o nariz...
Até que todos cederam, tanto o povo como o prefeito...
"Sim! Vamos limpar, por favor!"
Então juntou-se o mutirão da cidade, para tirar todo akele lixo.
As primeiras pessoas dirigiram-se aos primeiros montes de lixo. Mas antes de chegar sequer a um metro ratos, enormes se puseram na frente, ratos saíram de todos os lados, ratos não deixaram que as ruas fossem limpas, RATOS! Por toda parte!
Com medo tentavam despistar os monstros, mas em vão.
Tentaram veneno, mas um morria e dez o substituíam...
Tentaram armadilhas, mas elas não eram suficientes para as quantidades de ratos, quebravam!
Agora eram os moradores que mais pareciam ratos encurralados em suas prorpias casas, lutando para fechar cada frestinha, pra tentar se livrar, pelo menos dentro de casa ainda parecia seguro...
Ninguem mais saía de casa...
Ninguem tinah coragem de encarar os bichos...
Para conseguir algo era sempre uma guerra...
Graças a Deus eles se limitavam ao lixo, impossivel de ser tirado do local...
Um dia chegou um moço, não era propriamente bonito, não era feio de maneira alguma, mas... a palavra é peculiar!
Magro, bem magro... Cabelos nos ombros, negros, oleosos...
Olhos negros também, mas brilhantes...
A pele já tinha sido branca, agora era queimada, como se tivesse trabalhado um bom tempo sob o sol...
Usava uma calça apertada, tênis All Star, verde...
Uma blusa grande...
Levava nas mãos uma estranha flauta, pequena, sem graça, que girava por entre os dedos...
Entrou na cidade, curioso, andava pelas ruas olhando asrcastico para a imensidão de lixo e ratos, parecia procurar algo...
Andou a cidade inteira, parou no que parecia ser a praça do centro, foi até a fonte agora sem agua, ignorando os ratos que passeavam por entre seus pés.
-- Olá! Eu preciso de comida!
Nada...
-- OLÁ!?
"Escuta garoto, não ha comida nem para nós que vivemos aki direito, você não percebeu o estado da cidade?"
-- Ora! Nem mesmo uma maçã?
"Haha! se você conseguir tirar os ratos da frente da quitanda!"
O rapaz olhou em volta, e foi em direção ao que havia sobrado da quitanda, com suas portas abaixadas...
O prefeito que até então zombara dele observou.
Ele parou na frente do estabelecimento, afastou alguns ratos com os pés, agaixou-se e ficou encarando alguns dos animais...
Ainda agaixado colocou o estranho instrumentos nos labios, e fez soar uma unica nota, estranhamente alta, uma nota diferente.
Todos os bichos que a vista alcançava derrepente pararam, estaticos!
A nota parecia eterna.
Os animais que ficavam num inferno de lá para cá agora pareciam pedra.
O prefeito até prendera a respiração ao visualizar aquilo, o que raios estava acontecendo?
Uma segunda nota, e todos o ratos saíram da frente do estabelecimento.
O rapaz foi até a porta, forçou-a, abriu-a, entrou, pegou uma maçã e mordeu, olhou em volta e pegou mais duas maçãs, colocou no bolso da jaqueta, saiu da loja, e colocou a andar, parecia estar indo embora.
O prefeito boquiaberto, e agora deseperado, gritou pelo rapaz... este ignorou...
O prefeito saiu de seu lugar, foi á rua, gritando pelo moço, os ratos continuavam estaticos...
" O que você com eles?"
-- Apenas toquei uma musica e eles se acalmaram!
" Você acha que pode fazer isso para eles irem embora?"
-- Por que?
" Oras, parece que são eles os moradores da cidade! Por favor, Nós faremos qualquer coisa, nos ajude por favor!"
-- Qualquer coisa?
" Sim!"
-- Tudo bem! eu os ajudarei, e depois decido o que vou querer!
" Tudo bem!"
-- A cidade é muito grande, terei de tocar em cada rua de cada vez, e alguém precisa ir limpando!
" Sem problemas, nós o ajudaremos!"
E assim foi, durante duas semanas seguidas, o rapaz foi a caad rua da cidade, tocar sua musica encantada, enfeitiçando os ratos, colocando-os para fora da cidade, para as florestas dos arredores, e os moradores iam limpando atrás.
A musica parecia um comando, os ratos pareciam estar até em alguma sincronia.
Na terceira semana, a cidade voltara ao normal, como tinha sido ha muito tempo, as lojas estavam aberats de novo, as pessoas andavam pelas ruas, havia até cores desta vez, depois de tanto tempo reclusos, os moradores pareciam ter adquirido um sentimento de fraternidade, eles até sorriam!
O rapaz sorria de volta, com um ar de trabalho cumprido!
E num desses dias, ele andava, e se perguntava o que iria pedir agora.
Parou em uma loja de roupas.
-- Gostaria de uma roupa nova, depois desses dias de trabalho, minha roupa parece um trapo!
" Hum... Você pode ter as roupas, mas terá de pagar..."
-- Pagar?
" Ajuda - Ajuda, negocios a parte!"
-- Tudo bem, deixe para lá...
Indgnado, dirigiu-se a quitanda
-- Tenho uma fome enorme agora! poderia me ver algumas frutas?
" Posso ver o dinheiro?"
-- Dinheiro?
" Sim, sabe como é, agora com a volta, muito tempo sem vender, infelizmente tenho de cobrar, ah! Alias, vc nos deve uma maçã!"
-- Ah...! Sim claro!
Saiu...
Foi até o prefeito, lhe pediu uma casa para morar na cidade.
"Hoje em dia é dificil de DAR uma casa desse jeito... "
-- Tudo bem, enão me dê dinheiro para comprar uma!
"Dar dinheiro? Hahaha! em que mundo este rapaz vive!? O que posso fazer é lhe arrumar um emrpego!"
-- Um emprego... Sim, claro! Como não!?
Com um sorriso no rosto o rapaz foi de porta em porta, pedindo algum favor, coisas minimas, e sempre obteve a mesma resposta, que deveria dar algo em troca... depois de um tempo, a cidade tinha perdido suas cores novamente, as pessoas não mais se comprimentavam, e todos pareciam ter esquecido quem era o rapaz...
Então um dia o rapaz apareceu, com roupas novas, a pele limpa, maças nos bolsos e tinha até um chapéu agora, um chapéu verde escuro, com uma pequena pena preta do lado.
Foi até a praça central, subiu na estátua da fonte, os transeuntes do momente até pararam para escutar, ele faria um show!
Colocou sua flauta estranha nos lábios.
O som ecoou, cidade adentro, parcia extremamente alta a melodia, diversas notas, como ninguem jamais havia ouvido na cidade, lindo, inebriante!
O rapaz terminou a primeira muica, recebeu aplausos dos presentes, os encarou, sorriu de lado...
Uma unica nota, longa, seguida de uma outra, daí um barulho estranho, que não vinha do instrumento, uma batida, continua, como que uma movimentação...
O rapaz sorria...
O chão da cidade começou a se mover, cinza, não, não era terremoto, a terra estava parada, era realmente o chão que se movia, OS RATOS HAVIAM VOLTADO!
Não deu tempo de fechar as portas e janelas, eles entraram nas casas, nas lojas, em todos os lugares, uma enchorrada de ratos!
Eles invadiram, destruíram, pareciam mais numerosos, mais revoltados!
As pessoas choravam, arremeçavam os bichos que subiam por seus corpos, que mordiam, era um inferno!
O rapaz estava intacto em cima da fonte, rindo, silenciosamente, como que saboreande aquilo tudo.
Tirou uma das maçãs dos bolsos e começou a comer.
"Porque? Porque?"
Risos...
-- Eu salvei a cidade uma vez, e tudo o que pedi foram favores que não lhes fariam a menor falta...
Eu devolvi a vocês a opção de serem melhores, de serem uma nova cidade, livre da sujeira! Mas não puderam tirar a sujeira que vinha de dentro de vocês mesmos!
Pena pena!
Eu não precisava de nenhum dos favores que pedi, poderia ter tudo o que quisesse na hora que quisesse, mas nem mesmo a palavra do vosso prefeito foi cumprida...
Pena pena!
As pessoas apinharam-se no gabinete do prefeito, o único lugar onde nao haviam ratos, de frente com a praça onde estava o rapaz.
" Por favor nos desculpe, por favor!"
As pessoas choravam, estavam machucadas, mordidas, sujas...
O dia parecia não acabar, foi o dia mais longo da historia naquela cidade, até que todos, amontoados, adormeceram, a cidade triste, adormeceu...
No dia seguinte, todos os ratos haviam sumido, a cidade estava imunda, porem deserta. Os machucados ardiam, infexionavam. Havia um fedor no ar, de sujeira...
Na praça central, não havia mais uma fonte, mas sim uma estátua, diferente... de um rapaz, com um rato no ombro, um chapéu, uma maça em uma mão e uma flauta na outra...
Agora todos tinham cicatrizes para lembrar de suas atitudes, e uma lembrança em praça publica, do que a ganancia pode causar...
Gostei do texto. :)
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