Não sei se estou propícia a escrever algo, não se existe essa coisa de estar propicio a algo...
Mas existe a imensa vontade de declarar vontades, de distribuir desejos, de chorar uma solidão inexistente...
É... Talvez exista o estar propício...
Quero inspirar ar nos meus pulmões com cheiro de mato, fresco, verde e molhado...
Quero segurar numa outra mão que não as minhas esquerda e direita, sentir a superfície de outro corpo, sentir cheiro dos poros transpirando...
Esquece... É tudo carência...
É tudo psicológico...
Histeria!
Floyd explica!
É o desejo constante de uma companhia que na verdade não estará exatamente te acompanhando, é um querer tirar vantagem, uma satisfação...
Como saber se quer realmente alguém¿ saber que não apenas uma birra da carência¿
Afinal como assim querer alguém¿
É permitido¿
Estamos à venda¿
Pensando bem parece a coisa mais perto de ser Deus:
Primeiro desperta-se o desejo, a vontade de algo.
Daí defini-se o que se quer, o que se deseja.
Define-se estereótipos, acompanhado da previa definição de alguns atos.
Daí sai-se á caça!
Procura-se algo que se encaixe no estereotipo...
Apresenta-se a este a proposta dos atos pré-definidos e abre-s espaço para que a caça também se coloque em posição de caçador em momentos futuros.
Dá-se uma pequena amostra de intenções...
Daí começa o inferno de caricias, inferno de idéias que não se sabe serem recíprocas ou simplesmente colocadas certas no momento certo para a pessoa certa...
Mas daí vem quando você cai do céu, deixando o papel de Deus se perder...
E isso é quando você acorda, olha ao redor, e tem aquela pequena repulsa, que te faz dar um sorriso amarelo, pegar suas roupas, se vestir inexplicavelmente rápido, dizer que tinha hora marcada para alguma coisa...
Diz que foi super legal e que devem se falar mais tarde...
Dá um beijo nos lábios fingindo sinceridade e olha nos olhos, esperando que algo seja revelado a você mesmo, como se os olhos da pessoa fossem sair gritando “Parabéns!!! Você acaba de encontrar a felicidade constante, que nunca irá lhe fazer nenhum mal, te protegerá e você nunca mais sentirá essa repulsa posterior!”
É...
Mas daí é quando se percebe que a pessoa fez exatamente a mesma, nos mesmíssimos detalhes...
E daí você se magoa, ridiculamente e egoistamente!
Deus, pego por sua própria peça¿!
E daí somos idiotas, por ser controlados pela carência, por colocar todo um sentimento num momento momentâneo...
É...
Provavelmente tudo isso foi escrito sob um impulso de carência...
Um impulso de indecência...
Um pouco coincidência...
E uma pitada de verdade, desejo, vontade e hipocrisia...
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