E na luz fixa da janela, produto de um dia ensolarado, passou-se a virar sombra.
E da sombra passou a vir um som, um som alto... Som de passaro...
Era isto, enfim chegando e arrasando, levando tudo e anuncioando-se com seu silvo...
O passaro negro que nos trazia a sombra... a sombra... Que fazia questão de nos alertar, de nos olhar fundo nos olhos, para que soubessemos que o fim, enfim, chegara... que não era mais hipotese, que não era mais o futuro... Era real, e presente...
Começou pelos portos, e dpeois foi engolindo as rodovias, as cidades, os estados... E o país virou pó...
Brigou com os mares, e venceu...
Fechou as asas sobre o mundo, e era tudo escuridão...
E não havia mais ninguem para dizer "que se faça a luz"...
E não havia mais ninguem para desesperar-se, e não havia mais ninguem para chorar, nem para amar...
sexta-feira, 25 de março de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário